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Comunicado de Imprensa / May 06, 2025

Hovione e Firstgene estabelecem colaboração estratégica para desenvolver plataforma de partículas semelhantes a vírus no combate ao cancro do fígado

Licenciamento exclusivo e colaboração em I&D permitirão acelerar desenvolvimento de nova plataforma de terapia genética de precisão para o tratamento do carcinoma hepatocelular – a terceira principal causa de morte relacionada com o cancro em todo o mundo

Hovione and Firstgene collaboration to advance virus-like particle platform for liver cancer | Hovione

Lisboa, 6 Maio 2025 – A Hovione e a Firstgene Life Sciences, start-up incubada pela suíça Xlife Sciences AG (SIX:XLS), anunciaram hoje uma colaboração estratégica para acelerar o desenvolvimento da plataforma terapêutica de precisão de partículas semelhantes a vírus da Hovione. O objetivo é viabilizar um tratamento inovador para o Carcinoma Hepatocelular (CHC), uma das principais apostas terapêuticas em desenvolvimento pela Firstgene.

Nos termos da colaboração, a Hovione concederá à Firstgene uma licença exclusiva para o uso da tecnologia inovadora de partículas semelhantes a vírus Adeno-Associados (AAV) no tratamento do CHC, além de fornecer serviços de pesquisa e desenvolvimento pré-clínicos.

A tecnologia de partículas semelhantes a vírus será projetada e funcionalizada para o tipo específico de célula carcinoma, usando AAV validados terapeuticamente, incluindo sequências inovadoras de iniciação. A Hovione será responsável pela engenharia molecular, pelo fornecimento de partículas personalizadas e pela realização de estudos de prova de conceito.

“Estamos muito satisfeitos por ver a nossa plataforma de vetores genéticos ser adotada pela Firstgene e pela sua equipa, e, acima de tudo, por podermos avançar no desenvolvimento de tratamentos inovadores em oncologia. São soluções que respondem a uma necessidade médica urgente, garantindo uma expressão genética de precisão ao nível do tecido. Esta parceria reforça o nosso compromisso de transformar a complexidade científica em soluções que realmente façam a diferença na vida dos pacientes”, afirma o Dr. Jean-Luc Herbeaux, CEO da Hovione. 

“A Firstgene tem o orgulho de anunciar a sua colaboração com a Hovione neste projeto inovador. O carcinoma hepatocelular, o tipo mais comum de cancro do fígado, continua a ser uma das principais causas de morte oncológica e representa uma necessidade médica significativa ainda por colmatar. A combinação do profundo know-how da Hovione em química complexa e engenharia de partículas com a experiência comprovada da Xlife Sciences na comercialização de terapias coloca a Firstgene numa posição privilegiada para oferecer aos doentes novas opções terapêuticas seguras e eficazes,” afirma o Dr. Alexander Zink, diretor-geral da Firstgene Life Sciences GmbH.
 

Sobre a Hovione 
A Hovione é uma empresa internacional com mais de 60 anos de experiência em desenvolvimento farmacêutico e operações de produção. Como Organização de Desenvolvimento e Fabricação de Contratos (CDMO), possui uma oferta integrada de serviços para princípios ativos, intermediários de medicamentos e produtos farmacêuticos. A empresa possui quatro fábricas, nos EUA, Portugal, Irlanda e China e laboratórios de desenvolvimento em Lisboa, Portugal e Nova Jersey (EUA). A Hovione fornece serviços de desenvolvimento e fabrico em conformidade de medicamentos inovadores, incluindo compostos altamente potentes e soluções personalizadas de produtos. A cultura de empresa da Hovione assenta na inovação, qualidade e fiabilidade. A Hovione é membro do Rx-360, EFCG, participando ativamente em iniciativas de melhoria da qualidade dos processos e de elevação dos padrões globais da indústria. Para mais informação, visite www.hovione.com

Sobre a Firstgene
A Firstgene Life Sciences GmbH é uma start-up de biotecnologia orientada para a tecnologia, localizada em Mainz, Alemanha, incubada pela Xlife Sciences AG, Zurique, Suíça. A Firstgene tem como objetivo fornecer tratamentos inovadores para indicações com elevadas necessidades médicas não satisfeitas e é apoiada pela Xlife Sciences AG, cuja experiência consiste em fazer a ponte entre a inovação e os mercados de cuidados de saúde.
 

 

 

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O Secretário de Estado do Ambiente deixou o alerta aos empresários na conferência “Going Sustainable: Oportunidades para Empresas Portuguesas nos EUA e na Europa”, promovida pela AmCham Portugal. "A sustentabilidade é, e continuará a ser, um fator de competitividade para as empresas”. A frase, de António Martins da Costa, é suportada por dados recentes do World Economic Forum (WEF) que apontam para a importância crescente que os gestores (47% dos inquiridos pela organização) atribuem à identificação e mitigação das mudanças climáticas, que encaram cada vez mais como um fator transformador para os seus negócios. Mas, o presidente da AmCham Portugal revelou ainda, durante a sessão de abertura da conferência “Going Sustainable: Oportunidades para Empresas Portuguesas nos EUA e na Europa”, que os temas ambientais e os riscos climáticos são atualmente referidos como o segundo maior risco global para as empresas, também de acordo com o WEF. Adicionalmente, salienta o responsável, na perspetiva dos 162 investidores inquiridos por um estudo da Universidade de Yale, e que representam um conjunto de ativos superior a seis mil milhões de euros, “sem informação atempada não será possível atingir as metas da sustentabilidade”. Neste contexto, António Martins da Costa, defende que “Portugal tem capacidade e potencial para ser um pilar da transformação, e transformar este potencial em realidade será um fator crítico de sucesso para o país”. Uma perspetiva partilhada por Emídio Sousa que acredita que Portugal conta, em matéria de sustentabilidade, com diversas vantagens competitivas face aos seus congéneres europeus. 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A partilha de problemas, mas também de experiências bem-sucedidas é, na opinião do presidente da AmCham, fundamental para uma transformação mais eficaz. A preparação das empresas para o futuro foi precisamente o mote para o primeiro painel de debate que juntou representantes de três organizações de setores e dimensões distintos. Moderado por Carlos Elavai, Managing Director e Partner na Boston Consulting Group, a conversa contou com a participação de Nuno Vieira, Head of Sustainability na BA Glass; Cristina Melo Antunes, responsável de sustentabilidade do Santander; e Ricardo Morgado, cofundador e CSO da The Loop Co. Começar a medir é, na opinião dos oradores, o primeiro passo para uma estratégia de sustentabilidade nas organizações. “Medir, medir bem, e medir toda a cadeia de valor”, reforça Nuno Vieira. Na BA Glass, exemplifica, “começámos a medir as emissões de CO2 internamente, e depois em toda a cadeia de valor do vidro”. Aliás, a empresa lançou uma plataforma, que inclui organizações que fazem parte desta cadeia de valor, e que promove a circularidade do vidro, cujas metas passam por evitar o recurso à natureza para obter matéria-prima e tentar contribuir para elevar a taxa de reciclagem que, afirma, “está estagnada”. Em 2025 espera-se que esta taxa chegue aos 56% quando o objetivo inicial era de 70% para a mesma data. “Há ventos de mudança, mas desafios contínuos”, reforça. Do lado da banca que, nas palavras de Cristina Melo Antunes, “tem responsabilidades no financiamento da transição energética”, a inclusão dos riscos climáticos e de outros critérios ESG (sigla em inglês para Ambiente, Social e Governação) nas análises de risco de financiamento e crédito “deverá ser obrigatória”. No entanto, assume, “é também um grande desafio para as instituições financeiras”. Já Ricardo Morgado, na The Loop Co., cujo modelo de negócio assenta na circularidade – primeiro na venda de livros usados, depois de materiais usados para bebés e, mais recentemente, no segmento B2B no apoio a empresas que pretendam instalar modelos de economia circular internamente -, acredita que há vontade nas empresas para fazer crescer estes modelos de negócio. “Os consumidores estão disponíveis para modelos circulares, painéis solares, e em saber como os produtos são feitos, e não podem ser esquecidos porque são a principal força política nesta matéria”, alerta. Opinião partilhada por Cristina Melo Antunes que acrescenta ainda que “do lado das empresas, saber cooperar é muito importante para garantir uma maior transferência de conhecimento”.   Um desafio de responsabilidade Garantir que a sustentabilidade possa ser um motor para o crescimento económico é um desafio, mas também uma responsabilidade para as empresas. E, para que esta meta seja uma realidade, o primeiro desafio passa por “ter toda a cadeia de valor alinhada”, como defende Cristina Mira Godinho, diretora de qualidade e de sustentabilidade da EFACEC, que participou no segundo debate do dia. Mas, acrescenta Franco Caruso, “a maturidade do ecossistema empresarial ainda é uma barreira”. O diretor de sustentabilidade e comunicação do Grupo Brisa defende que “a palavra-chave é maturidade nos vários níveis e áreas das empresas”, o que ainda não existe em todas as organizações, nem tão pouco nos países da Europa que se movimentam a diferentes velocidades. Deste processo de transformação, acredita, sairão empresas mais eficientes e competitivas e, por isso, mais capazes de contribuir para o crescimento da economia. “Estamos todos no mesmo barco, e não vamos sozinhos”, reforçou Inês Mota. 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Ambas as organizações contam com grandes departamentos de investigação e desenvolvimento (I&D) que apoiam a inovação e que garantem o registo de patentes, muito valorizadas do outro lado do Atlântico. Aliás, Paula Guimarães revela que o centro de I&D para consultoria florestal da The Navigator Company faz parte do Top 10 das organizações nacionais com maior número de patentes internacionais. “Temos 95 investigadores e 45 patentes registadas”, salienta. Do lado da Hovione, que abriu a primeira fábrica em território norte-americano em 2022 e que, com esta aposta, viu o seu crescimento triplicar desde 2016, são 240 os cientistas que trabalham em Portugal, “com um grande historial de patentes e de parcerias com empresas tecnológicas”. O objetivo, diz Jon Peers, “é manter elevados níveis de inovação e estar à frente da concorrência”. Por outro lado, a certificação, apesar de ser um processo muito orientado para o mercado, “ajuda a ir mais longe, a preparar o negócio para ser mais eficiente e resiliente, e é atrativo para atrair as gerações mais jovens”, afirma a responsável da Navigator, que tem presença nos Estados Unidos há mais de duas décadas. “A certificação dá credibilidade e valor ao negócio, e evita ações de green washing”, reforça Jon Peers. Já em jeito de conclusão, Leslie Rubio, presidente da comissão de sustentabilidade da AmCham, destacou a sustentabilidade como “uma prioridade e uma obrigação”, e como ferramenta de resiliência para empresas e sociedade. O desafio, por agora, será gerir a complexa regulação ao mesmo tempo que se processa a transição e se cumprem as metas do Green Deal. “Portugal tem liderado na inovação sustentável, e as empresas portuguesas podem encabeçar esta transformação”, conclui.   Leia o artigo completo em ECO.sapo.pt  

Artigo de Imprensa

Emídio Sousa: “Atalhamos caminho, ou os nossos recursos esgotam”

Mar 06, 2025