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Artigo de Imprensa / Jul 02, 2021

Fábrica no Seixal aposta em tecnologia na base das vacinas contra a covid-19

Expresso, 2 julho 2021

Guy Villax no passadiço no Centro de R&D da Hovione no Lumiar, fotografia por Tiago Miranda para o Expresso

 

Empresa farmacêutica, liderada por Guy Villax, quer produzir componentes mRNA usados na produção de vacinas como a da Pfizer ou da Moderna.

 

Dois anos depois de a Hovione ter anunciado um investimento que pode ir até €200 milhões num novo complexo industrial de alta tecnologia no Seixal, a sua construção ainda não teve início. “O processo de licenciamento não é simples, mas acreditamos que as obras deverão arrancar no final deste ano ou em janeiro de 2022 e que poderemos iniciar parte da produção em 2023”, adianta em entrevista ao Expresso Guy Villax, administrador-delegado da empresa farmacêutica portuguesa, que não poupa nas críticas a Portugal em matéria de criação de um ambiente favorável ao investimento e à inovação no sector.

 

A expansão da capacidade industrial para o Seixal vai permitir que a Hovione — que exporta 100% do que produz — aumente a exportação de produtos farmacêuticos para os Estados Unidos da América, Europa e Japão, os mercados mais regulados do mundo no sector. Com uma área de cerca de 40 hectares, o novo campus vai ser a casa para a expansão de várias áreas de negócio, organizadas por tecnologia. Algumas estão extremamente maduras, como a engenharia de partículas, que em 15 anos já representa metade do negócio da farmacêutica — e está a crescer. “Há um volume de negócios óbvio que está a transbordar de Loures e tem de ir para o Seixal”, explica o líder da empresa, que registou em 2020 um aumento de 20% face às receitas de €155,5 milhões em 2019.

 

Leia o artigo completo em Expresso.pt

 

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José Luís Santos, diretor de negócios estratégicos da Hovione, veio à Liga dos Inovadores explicar as tecnologias criadas por esta farmacêutica portuguesa. Dissolver os comprimidos para que possam ter o efeito desejado e produzir medicamentos em contínuo são as apostas da empresa fundada em 1959 por empreendedores húngaros que se refugiaram em Portugal Para que um comprimido que tomamos possa ter os efeitos desejados no tratamento de um qualquer problema de saúde, é preciso que se dissolva no nosso organismo. Mas muitos componentes desse medicamento não são solúveis na sua fase inicial. Para que o sejam, a farmacêutica Hovione desenvolveu uma tecnologia conhecida como secagem por pulverização, ou spray drying na versão anglo-saxónica, que leva a que o comprimido se dissolva em água e passe a ter o efeito desejado. José Luís Santos, diretor de negócios estratégicos da Hovione, esteve na Liga dos Inovadores, o podcast do Expresso sobre inovações desenvolvidas em Portugal, para explicar esta e outras tecnologias que levam a que a farmacêutica fundada em 1959 por Ivan Villax e por outros refugiados húngaros que vieram para Portugal esteja a dar cartas na produção de medicamentos. A Hovione não tem medicamentos próprios: “Somos uma empresa que produz sob contrato para as grandes empresas farmacêuticas”, explica o gestor. E outra das apostas passa pela produção de comprimidos em contínuo: "Conseguimos no mesmo edifício, com uma única equipa, produzir o medicamento num tempo recorde”. Em junho do ano passado a Hovione inaugurou uma nova linha de produção em contínuo e vai também abrir uma nova fábrica no Seixal em 2027 que terá uma enorme capacidade de expansão, a juntar às que já tem em Portugal (Loures), nos EUA, na Irlanda e na China (Macau). As moléculas estão a tornar-se mais complexas, os desafios são cada vez mais difíceis e requerem-se soluções que ainda não sabemos quais serão. Poderíamos tomar um comprimido, o comprimido desintegrava-se, mas a substância, como não se dissolvia, entrava no nosso organismo e era expelida, sem ter a sua função terapêutica, não servia para nada. É aqui que entra a nossa tecnologia. Os nossos clientes são as grandes empresas farmacêuticas que estão sob pressão para colocar os seus medicamentos no mercado, porque normalmente estes medicamentos estão sob patente.   Oiça o podcast completo em Expresso.pt    

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