Notícias

Artigo de Imprensa / Sep 24, 2020

Covid-19 “para totós”: vídeo sobre protecção contra o vírus vence ABCovid

Público, 24 setembro 2020

Já são conhecidos os vencedores do concurso ABCovid, um desafio lançado a alunos das escolas portuguesas para fomentar a adopção de medidas de protecção contra a covid-19. Covid-19 simplificado para totós, de Tomás Oliveira, venceu o primeiro lugar.

Uma explicação do vírus para “totós”, um vídeo em stop motion sobre férias em pandemia e uma história em que o álcool gel, a máscara e o sabonete ganham vida: são estes os finalistas do concurso nacional ABCovid, que desafiou os estudantes a criarem vídeos educativos para promover a divulgação de informação sobre o novo coronavírus entre os jovens portugueses. 

Tomás Oliveira, de 17 anos, venceu o concurso escolar com o vídeo Covid-19 simplificado para totós, pela Escola Artística António Arroio, em Lisboa, o que lhe valeu um prémio de 3000 euros. Tomás orienta uma explicação gráfica simples sobre a razão pela qual a máscara é importante na protecção contra o novo coronavírus — uma mensagem “especialmente dirigida àqueles que, apesar de fazerem as regras básicas para evitar o contágio, continuam a recusar-se a usar máscara”, conta ao P3.
 

O estudante, que não estava a contar ganhar o concurso, considera que o vídeo poderá ser uma ferramenta importante no combate à desinformação. “Há muitas pessoas, os ditos totós, que, apesar de tudo o que nos diz a Ciência, continuam a recusar-se a ouvi-la”, conclui. Quanto ao prémio, Tomás adianta que servirá de apoio à entrada na universidade, pois pretende estudar Cinema nos Estados Unidos da América.

O segundo prémio, no valor de 1500 euros, foi atribuído a Daniela Lemos, de 15 anos, pela proposta Férias em Segurança. A animação aborda os cuidados a ter para evitar o contágio nas férias e foi submetida através da Escola Secundária Almeida Garrett, em Vila Nova de Gaia. Daniela acredita que o vídeo servirá também “para o futuro, não só para as férias”, actuando como “um reforço” daquilo que as pessoas já sabem que devem fazer. A estudante admite ter ficado mais alerta com a pesquisa que fez para o vídeo e considera que apresentou uma “ideia fora da caixa” com a montagem de vídeo em stop motion. 

Por último, foi Miguel Almeida, de 17 anos, aluno da Escola Secundária Tomaz Pelayo, em Santo Tirso, quem levou o terceiro prémio, correspondente a 1000 euros. Em Protege os que te rodeiam, os protagonistas são os objectos que, no dia-a-dia, servem de protecção contra o vírus. O estudante escolheu um formato que inclui animação pois “queria que o vídeo fosse adequado para todas as idades, mesmo para as crianças”. Conta que a inspiração surgiu numa conversa familiar, com a mãe e uma das irmãs, sobre como poderia usar “os três elementos mais importantes: a máscara, o sabonete e o álcool”.

Com o regresso às aulas, compreende que os estudantes devem reforçar os cuidados, apesar de serem menos afectados pelo vírus, para “também proteger a família”. “As pessoas estão informadas e algumas só correm os riscos porque querem”, diz. Como tal, acredita que os vídeos podem ajudar a mudar comportamentos entre os jovens. No caso de Miguel, a realização do projecto contribuiu para “implementar outras práticas”. Tendo crescido numa família numerosa, “o prémio é uma ajuda grande” para a sua entrada na universidade este ano.

O concurso, que decorreu entre Junho e Agosto, contou com a submissão de 178 vídeos, realizados por jovens entre os 10 e 20 anos, de 94 escolas do país. O ABCovid foi promovido por estagiários da multinacional Hovione para estimular o conhecimento dos jovens sobre a protecção contra o vírus, especialmente no contexto escolar. “Com o regresso às aulas de mais de um milhão e 200 mil alunos, as precauções têm de partir dos jovens estudantes pois os seus contactos, tanto entre colegas como com as suas respectivas famílias, serão determinantes para a evolução da pandemia”, explicam, em comunicado.

Leia a notícia no website do Público

 

Também em Notícias

See All

José Luís Santos, diretor de negócios estratégicos da Hovione, veio à Liga dos Inovadores explicar as tecnologias criadas por esta farmacêutica portuguesa. Dissolver os comprimidos para que possam ter o efeito desejado e produzir medicamentos em contínuo são as apostas da empresa fundada em 1959 por empreendedores húngaros que se refugiaram em Portugal Para que um comprimido que tomamos possa ter os efeitos desejados no tratamento de um qualquer problema de saúde, é preciso que se dissolva no nosso organismo. Mas muitos componentes desse medicamento não são solúveis na sua fase inicial. Para que o sejam, a farmacêutica Hovione desenvolveu uma tecnologia conhecida como secagem por pulverização, ou spray drying na versão anglo-saxónica, que leva a que o comprimido se dissolva em água e passe a ter o efeito desejado. José Luís Santos, diretor de negócios estratégicos da Hovione, esteve na Liga dos Inovadores, o podcast do Expresso sobre inovações desenvolvidas em Portugal, para explicar esta e outras tecnologias que levam a que a farmacêutica fundada em 1959 por Ivan Villax e por outros refugiados húngaros que vieram para Portugal esteja a dar cartas na produção de medicamentos. A Hovione não tem medicamentos próprios: “Somos uma empresa que produz sob contrato para as grandes empresas farmacêuticas”, explica o gestor. E outra das apostas passa pela produção de comprimidos em contínuo: "Conseguimos no mesmo edifício, com uma única equipa, produzir o medicamento num tempo recorde”. Em junho do ano passado a Hovione inaugurou uma nova linha de produção em contínuo e vai também abrir uma nova fábrica no Seixal em 2027 que terá uma enorme capacidade de expansão, a juntar às que já tem em Portugal (Loures), nos EUA, na Irlanda e na China (Macau). As moléculas estão a tornar-se mais complexas, os desafios são cada vez mais difíceis e requerem-se soluções que ainda não sabemos quais serão. Poderíamos tomar um comprimido, o comprimido desintegrava-se, mas a substância, como não se dissolvia, entrava no nosso organismo e era expelida, sem ter a sua função terapêutica, não servia para nada. É aqui que entra a nossa tecnologia. Os nossos clientes são as grandes empresas farmacêuticas que estão sob pressão para colocar os seus medicamentos no mercado, porque normalmente estes medicamentos estão sob patente.   Oiça o podcast completo em Expresso.pt    

Artigo de Imprensa

É como montar puzzles ou fazer bolos: a tecnologia da Hovione para produzir comprimidos solúveis e de forma mais rápida

May 29, 2025