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Notícias / May 09, 2024

Hovione e iBET anunciam criação da ViSync Technologies, empresa inovadora que irá desenvolver soluções para necessidades não satisfeitas em terapia celular e genética

News release, 09 maio 2024

News Release - ViSync NewCo
  • A nova companhia, com sede em Portugal, tem foco no desenvolvimento de soluções para a dispensa das novas modalidades de medicamentos
  • As terapias celular e genética representam uma mudança de paradigma na medicina moderna, criando oportunidades sem precedentes para doenças que não tinham tratamento
  • As soluções da ViSync ajudarão a enfrentar os desafios de fabrico causados pela natureza complexa das novas modalidades de medicamentos, com foco especial na estabilidade, definição de células ou tecidos alvo e administração da carga útil de medicamento

Lisboa, 9 de maio de 2024 – A Hovione, empresa especializada na oferta integrada de CDMO (contract development and manufacturing organization), líder global na tecnologia de spray drying e engenharia de partículas, e o iBET (Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica), uma PME privada sem fins lucrativos de investigação intensiva na área da Biotecnologia e das Ciências da Vida, anunciam a criação da ViSync Technologies, uma joint-venture localizada em Oeiras. A nova empresa foca-se no desenvolvimento de tecnologias e de soluções escaláveis para ajudar as empresas farmacêuticas a enfrentar os desafios da formulação e do fabrico de terapias celulares e genéticas transformadoras.

A Hovione tem uma importante história no desenvolvimento de soluções industriais de novas tecnologias e no apoio a empresas farmacêuticas no fabrico de volumes adequados às suas necessidades clínicas e comerciais, enquanto o iBET tem sólida formação no desenvolvimento de soluções biológicas e reputação global pelo conhecimento científico das novas modalidades terapêuticas, particularmente as terapias celular e genética.

As novas modalidades terapêuticas, como as terapias genética e celular, os medicamentos de RNA e outros produtos biológicos complexos, constituem um segmento da indústria farmacêutica em rápido crescimento. Estas soluções visam avanços no tratamento de uma vasta gama de doenças e situações de saúde, incluindo o cancro, as doenças genéticas, as doenças raras e condições neurológicas.

Embora este crescimento esteja a ser impulsionado por uma eficácia notável na resposta a necessidades clínicas não satisfeitas, a natureza complexa das novas modalidades de medicamentos traz desafios, nomeadamente em relação às opções limitadas de administração, a respostas imunogénicas e possíveis efeitos fora do alvo terapêutico, problemas com a administração de doses elevadas e a custos elevados. A fraca estabilidade destes medicamentos é também um problema, uma vez que exige a disponibilidade de cadeias de abastecimento a frio. O objetivo da ViSync é desenvolver novas plataformas tecnológicas para responder às necessidades não satisfeitas das empresas farmacêuticas que desenvolvem estes novos produtos.

"A criação do ViSync em colaboração com o iBET marca um novo e excitante capítulo no compromisso da Hovione para com a inovação", afirma Jean-Luc Herbeaux, diretor-executivo da Hovione. "Novas modalidades terapêuticas têm o potencial de trazer melhorias radicais aos atuais padrões de tratamento e estamos entusiasmados com a parceria com o iBET, uma organização especializada de renome mundial nesta área, para desenvolver plataformas tecnológicas que ajudem os clientes a levar terapias transformadoras aos doentes em todo o mundo. O primeiro passo será reunir uma equipa que possua os conhecimentos, a experiência e o engenho necessários para navegar nas complexidades que se avizinham".

"A criação da ViSync em parceria com a Hovione representa um momento fundamental na dedicação do iBET à investigação pioneira em terapias avançadas," afirma Paula Alves, CEO do iBET. "A imensidade da promessa das novas modalidades de medicamentos está ao nosso alcance e estamos muito satisfeitos por unir forças com a Hovione, um líder mundialmente reconhecido na industrialização tecnológica e na administração de medicamentos. Neste esforço comum, reuniremos as competências e aptidões científicas e técnicas para apoiar os nossos clientes e parceiros na disponibilização de terapias inovadoras a doentes em todo o mundo."

A ViSync vai desenvolver o seu próprio laboratório em Oeiras e espera estar pronto para começar a fazer investigação e desenvolvimento no final de 2024.

 

About Hovione

Hovione is an international company with over 60 years of experience in pharmaceutical development and manufacturing operations. As a Contract Development and Manufacturing Organization (CDMO) it has a fully integrated offering of services for drug substances, drug product intermediates and drug products. The company has four FDA inspected sites in the USA, Portugal, Ireland and China and development laboratories in Lisbon, Portugal and New Jersey, USA. Hovione provides pharmaceutical customers services for the development and compliant manufactureof innovative drugs, including highly potent compounds, and customized product solutions across the entire drug life cycle. In the inhalation area, Hovione offers a complete range of services, from API, formulation development and manufacturing, capsule filling and devices.  
 
Hovione's culture is based on innovation, quality and dependability. Hovione is a member of Rx-360, EFCG and participates actively in industry quality improvement initiatives to lead new global industry standards.

 

About iBET

iBET is a private non-profit institution devoted to biotechnology research, with 35 years of experience creating and transferring knowledge to the global biopharma and biotech sectors. iBET’s core expertise lies on the development of bioprocessses and analytical tools for Advanced Therapeutic Medicinal Products (ATMPs), including cell and gene therapies, vaccines, antibodies and other innovative therapeutic products. Leveraged by the emerging areas of Data Science and Translational Immunology, we offer bespoke R&D services from early-stage R&D to GMP manufacturing. 

iBET’s infrastructure comprises cutting-edge laboratories, a GMP certified Analytical Services Unit, and a Late-Stage R&D and Bioproduction Unit, covering upstream and downstream process development, bioanalytical tools for critical quality attribute monitoring, to scale-up and tech transfer. iBET also hosts satellite laboratories of major pharmaceutical companies and serves as an incubation platform for start-up/spin-off companies.

iBET is driven by its innovative and agile culture of continuous improvement and a strong sense of ambition, ownership and commitment in developing and delivering the best solutions to our stakeholders.

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O Secretário de Estado do Ambiente deixou o alerta aos empresários na conferência “Going Sustainable: Oportunidades para Empresas Portuguesas nos EUA e na Europa”, promovida pela AmCham Portugal. "A sustentabilidade é, e continuará a ser, um fator de competitividade para as empresas”. A frase, de António Martins da Costa, é suportada por dados recentes do World Economic Forum (WEF) que apontam para a importância crescente que os gestores (47% dos inquiridos pela organização) atribuem à identificação e mitigação das mudanças climáticas, que encaram cada vez mais como um fator transformador para os seus negócios. Mas, o presidente da AmCham Portugal revelou ainda, durante a sessão de abertura da conferência “Going Sustainable: Oportunidades para Empresas Portuguesas nos EUA e na Europa”, que os temas ambientais e os riscos climáticos são atualmente referidos como o segundo maior risco global para as empresas, também de acordo com o WEF. 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O Secretário de Estado do Ambiente, que participou na sessão de abertura deste encontro, destacou, por exemplo, a capacidade nacional na produção de energia a partir de fontes renováveis, bem como uma “maior sensibilidade dos mercados e das pessoas para as questões da sustentabilidade” como fatores diferenciadores que podem trazer vantagens ao país. O governante recorda que a Europa enfrenta desafios “muito significativos” e metas ambiciosas face a outros blocos económicos com menor regulação no tema da sustentabilidade. Por isso, alerta, “ou atalhamos caminho, ou os nossos recursos esgotam”.   Transição deve envolver cadeia de valor Entre os objetivos desta conferência, anunciou ainda António Martins da Costa, está a criação de uma plataforma de diálogo sobre o papel da sustentabilidade nas empresas, e destas no processo de transformação em curso. A partilha de problemas, mas também de experiências bem-sucedidas é, na opinião do presidente da AmCham, fundamental para uma transformação mais eficaz. A preparação das empresas para o futuro foi precisamente o mote para o primeiro painel de debate que juntou representantes de três organizações de setores e dimensões distintos. Moderado por Carlos Elavai, Managing Director e Partner na Boston Consulting Group, a conversa contou com a participação de Nuno Vieira, Head of Sustainability na BA Glass; Cristina Melo Antunes, responsável de sustentabilidade do Santander; e Ricardo Morgado, cofundador e CSO da The Loop Co. Começar a medir é, na opinião dos oradores, o primeiro passo para uma estratégia de sustentabilidade nas organizações. “Medir, medir bem, e medir toda a cadeia de valor”, reforça Nuno Vieira. Na BA Glass, exemplifica, “começámos a medir as emissões de CO2 internamente, e depois em toda a cadeia de valor do vidro”. Aliás, a empresa lançou uma plataforma, que inclui organizações que fazem parte desta cadeia de valor, e que promove a circularidade do vidro, cujas metas passam por evitar o recurso à natureza para obter matéria-prima e tentar contribuir para elevar a taxa de reciclagem que, afirma, “está estagnada”. Em 2025 espera-se que esta taxa chegue aos 56% quando o objetivo inicial era de 70% para a mesma data. “Há ventos de mudança, mas desafios contínuos”, reforça. Do lado da banca que, nas palavras de Cristina Melo Antunes, “tem responsabilidades no financiamento da transição energética”, a inclusão dos riscos climáticos e de outros critérios ESG (sigla em inglês para Ambiente, Social e Governação) nas análises de risco de financiamento e crédito “deverá ser obrigatória”. No entanto, assume, “é também um grande desafio para as instituições financeiras”. Já Ricardo Morgado, na The Loop Co., cujo modelo de negócio assenta na circularidade – primeiro na venda de livros usados, depois de materiais usados para bebés e, mais recentemente, no segmento B2B no apoio a empresas que pretendam instalar modelos de economia circular internamente -, acredita que há vontade nas empresas para fazer crescer estes modelos de negócio. “Os consumidores estão disponíveis para modelos circulares, painéis solares, e em saber como os produtos são feitos, e não podem ser esquecidos porque são a principal força política nesta matéria”, alerta. Opinião partilhada por Cristina Melo Antunes que acrescenta ainda que “do lado das empresas, saber cooperar é muito importante para garantir uma maior transferência de conhecimento”.   Um desafio de responsabilidade Garantir que a sustentabilidade possa ser um motor para o crescimento económico é um desafio, mas também uma responsabilidade para as empresas. 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Já em jeito de recomendação, Cristina Mira Godinho não esquece a importância de não deixar as PME para trás neste processo. “Muitas destas empresas têm dificuldade em perceber se as suas ideias estão de acordo com a regulamentação e, por isso, é fundamental desenvolver plataformas de apoio gratuitas que possam ajudar a ultrapassar estas barreiras”.   Aposta na inovação é essencial para internacionalizar Luís Amado, da Capgemini, Paula Guimarães, Diretora de Sustentabilidade da The Navigator Company, e Jon Peers, Global Director of Sustainability da Hovione.   A fechar o encontro de empresários, Jon Peers, Global Director of Sustainability da Hovione, e Paula Guimarães, diretora de sustentabilidade da The Navigator Company, partilharam a sua experiência de internacionalização no mercado norte-americano, numa conversa moderada por Luís Amado, da Capgemini. Inovação e certificação são, na opinião dos dois oradores, fatores diferenciadores e de peso para entrar neste mercado. Ambas as organizações contam com grandes departamentos de investigação e desenvolvimento (I&D) que apoiam a inovação e que garantem o registo de patentes, muito valorizadas do outro lado do Atlântico. Aliás, Paula Guimarães revela que o centro de I&D para consultoria florestal da The Navigator Company faz parte do Top 10 das organizações nacionais com maior número de patentes internacionais. “Temos 95 investigadores e 45 patentes registadas”, salienta. Do lado da Hovione, que abriu a primeira fábrica em território norte-americano em 2022 e que, com esta aposta, viu o seu crescimento triplicar desde 2016, são 240 os cientistas que trabalham em Portugal, “com um grande historial de patentes e de parcerias com empresas tecnológicas”. O objetivo, diz Jon Peers, “é manter elevados níveis de inovação e estar à frente da concorrência”. Por outro lado, a certificação, apesar de ser um processo muito orientado para o mercado, “ajuda a ir mais longe, a preparar o negócio para ser mais eficiente e resiliente, e é atrativo para atrair as gerações mais jovens”, afirma a responsável da Navigator, que tem presença nos Estados Unidos há mais de duas décadas. “A certificação dá credibilidade e valor ao negócio, e evita ações de green washing”, reforça Jon Peers. Já em jeito de conclusão, Leslie Rubio, presidente da comissão de sustentabilidade da AmCham, destacou a sustentabilidade como “uma prioridade e uma obrigação”, e como ferramenta de resiliência para empresas e sociedade. O desafio, por agora, será gerir a complexa regulação ao mesmo tempo que se processa a transição e se cumprem as metas do Green Deal. “Portugal tem liderado na inovação sustentável, e as empresas portuguesas podem encabeçar esta transformação”, conclui.   Leia o artigo completo em ECO.sapo.pt  

Artigo de Imprensa

Emídio Sousa: “Atalhamos caminho, ou os nossos recursos esgotam”

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